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Isolamento e vida digna durante a pandemia de coronavírus
22 de abril de 2020
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Por Celinha Nascimento
Isolamento apareceu em nossa vida como uma medida profilática apesar de ser definido na sociologia como “um comportamento complexo oriundo do íntimo do indivíduo que o perpetua. Somos por natureza seres sociais que necessitam de constante contato com nossos semelhantes”.
O isolamento que até então poderia ser visto e encarado como um problema, como um desvio, passou a ser o único remédio com eficácia comprovada contra o coronavirus.
E virou palavra política no momento de efetivá-lo: afinal é um direito ou um dever? Quantos seres humanos têm efetiva condição de se isolar e viver dignamente neste tempo tão desafiador?
Para quantos a hashtag #FiqueEmCasa é lida como garantia de vida ou como desespero?
Abaixo, seguem os links mencionados no vídeo:
Trabalho e vida digna em tempos de pandemia de coronavírus
Nesse excelente artigo, a desembargadora Gisele Bonfim ilumina questões pouco discutidas no campo do trabalho e das profissões.
O Morumbi e a Brasilândia na rota do coronavirus
A Brasilândia, na Zona Norte, é o bairro de São Paulo com o maior número de mortes confirmadas ou suspeitas por coronavírus e o Morumbi, na Zona Sul, é o local que concentra o maior número de casos confirmados da doença, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (17) pela Secretaria Municipal de Saúde.
Para entender essa realidade, separei os seguintes links:
- Brasilândia: Bairro de SP com pico de mortes por covid-19 tem lojas e academias abertas
- Morumbi tem mais casos de coronavírus e a Brasilândia mais mortes; óbitos crescem 60% em uma semana.
Paraisópolis e seu exemplo de organização comunitária
(…) Hoje, 21 mil casas da comunidade são atendidas. Ainda assim, o número não chega ao total de moradias que ali existem. Por isso, são priorizadas as casas com famílias mais carentes. “À medida que novos voluntários se cadastrarem, mais abrangência terá o projeto”, explica. Todos os voluntários passaram por treinamento, que foi inicialmente presencial.
As lições do MST no enfrentamento da pandemia
(…) As principais ações de solidariedade desenvolvidas pelo MST estão voltadas para a doação de alimentos, em diversos formatos, como cestas básicas, feiras e marmitas. No entanto, doações de álcool, máscaras, sabão também estão ocorrendo. Até mesmo os centros de formação do Movimento na Bahia e em Pernambuco já foram ofertados para tornarem-se hospitais de campanha.
Economia e Isolamento Social, um falso dilema
Em vídeo publicado no canal A Gazetinha, professores e alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro apresentam cenários “possíveis” para o enfrentamento da atual crise provocada pela pandemia de coronavírus e ressaltam: “não existe dilema entre salvar a economia ou a vida das pessoas. Implementar uma quarentena associada a fortes políticas públicas de auxílio a empresas e pessoas é a única saída”. Um trabalho primoroso, caprichado e solidário.
Agradecimento especial a Sueli Gottardo que compartilhou no grupo da Diretoria Regional do Ipiranga.
Afinal, quem é contra o isolamento?
A Pesquisa Fórum, realizada pela Offerwise, com supervisão técnica de Wilson Molinari, entre os dias 8 e 11 de abril, com 956 entrevistados, mostra que a oposição ao isolamento como forma de combater o coronavírus está concentrada nos mais ricos, nos empresários e nos aposentados.
Quarentena e a chance de leitura e pesquisa
Contribuição generosa de Luis Ludmer para estes dias de quarentena. Uma lista de achados para nos fazer companhia. Luis é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo e mestre em Cinema pela Vancouver Film School, curador no Museu da Pessoa; membro do Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog. Ouça abaixo:
Clique e veja a série Respeitar! nos tempos de coronavírus, com reflexões acerca de temas das formações do projeto e que dialogam com o período de isolamento social por causa do coronavírus (Covid-19).
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Olás!
Felicitações por trazer vozes ampliadas e solidárias em tempos áridos. Enriquece-nos humanamente.
Obrigada, Roberto!