capela-600_x_350_post_geral_DREs

4° Encontro na DRE Capela do Socorro 2018

4° Encontro

Data: 26/07/2018
Formadora: Gunga Castro
Local: CEU Vila Rubi
Horário: 14h às 17h
Pauta:
– Retomada dos Encontros anteriores
– Breves relatos sobre o trabalho realizado entre o encontro anterior e o de hoje
– Discussão sobres situações de violência
– Atividade individual: procura de pontos de desrespeito no espaço do CEU/escolas
– Atividade em grupos: priorização de situações a serem levadas para o plano de ação
– Socialização e justificativas das escolhas
– Simulação de plano de ação coletivo a partir da escolha de uma situação exposta pelos grupos

Ao retomar o encontro anterior, foi possível perceber que a imensa maioria estava no encontro de junho. Alguns presentes relataram experiências que iniciaram em suas escolas quanto ao mapeamento. Houve ainda relatos de educadores que promoveram também o Café com Respeito em suas UEs, o que foi uma boa surpresa.

Esta primeira conversa disparou uma breve discussão sobres situações de violência na escola, na qual a formadora interveio, ampliando um pouco os exemplos de situações e localizando a violência de uma forma mais abrangente, pois o mais comum é que ela seja localizada nos alunos, ou nos pais.

Após a conversa inicial foi proposto a todos que, individualmente, andassem pelo espaço do CEU, onde também se encontram 3 escolas, e localizassem focos de desrespeito durante o horário do intervalo, fazendo assim um exercício de mapeamento daquele espaço.

De volta ao auditório, os educadores se organizaram em grupos de CEI, EMEI, EMEF e EJA para escolher/priorizar a situação que consideravam mais urgente se ser enfrentada. Depois de cerca de 20 minutos, a palavra foi aberta para que todos os grupos colocassem suas escolhas e as justificassem.

  • O primeiro grupo falou de casos de atrasos dos alunos, apontando como desrespeitados os adultos da escola e os alunos que já estavam em sala de aula. A formadora questionou se seria importante também considerar que o desrespeito fosse localizado nas crianças atrasadas, que perdiam aulas, e propor uma ação que não se limitasse a chamar pais e conversar com eles, mas que se pensasse também no porquê da não valorização da escola e das aulas pelos pais, que estava explícita nos casos de atraso constante.
  • O segundo grupo falou de pais que tiram os filhos da escola mais cedo, e a discussão foi bem parecida.
  • O terceiro grupo apresentou uma situação muito importante e colocada de forma clara e objetiva: trataram das crianças obesas, ou com deficiência, que não tinham como usar os brinquedos do parque. O desrespeito aí estava claro, e a reflexão girou em torno da injustiça que representa o fato de algumas crianças irem à escola e não poderem usufruir, como as outras, dos brinquedos. Este assunto inspirou algumas falas que tematizaram a dignidade das crianças que não têm como acessar os espaços da escola, por qualquer motivo.
  • Outro grupo apresentou a questão da segurança dos alunos, uma vez que o CEU poderia apresentar perigo por ser muito grande. O foco da socialização deste tópico recaiu sobre a importância de os educadores ensinarem as crianças a circular com segurança pelos espaços da escola.
  • Ainda houve grupos que abordaram a falta de sinalização dos espaços e a acessibilidade para deficientes no espaço do CEU como um todo. A longa e produtiva discussão mostrou, para a formadora, que o grupo já estaria apto a localizar o respeito e o desrespeito na escola, a partir da análise destas situações levantadas no espaço do CEU.

Como ensaio para o trabalho que deve ser feito em cada escola, foi sugerido que o grupo todo escolhesse uma das situações elencadas anteriormente para desenvolver um plano de ação e, rapidamente, a grande maioria escolheu a questão do acesso das crianças aos brinquedos.

Foi possível assim preencher coletivamente um quadro-modelo de plano de ação focado nesta situação específica mapeada, sob a coordenação da formadora:

Vai ficando claro para nós que mais importante do que transformar o espaço é transformar o ambiente, o clima, o contexto, e que a transformação do espaço, com a construção de brinquedos acessíveis, não é algo que se faz para as crianças deficientes, mas para a comunidade inteira, e que esta diferença é muito importante no trabalho com a Educação em Direitos Humanos. Foi ficando claro também que ”estamos fazendo mapeamento”, e que é possível fazer isso na escola, mesmo sabendo que não será fácil, e que muitos entraves terão que ser enfrentados.

A proposta da formadora é que os educadores ensaiem a realização de um mapeamento e um plano de ação nas suas escolas. Foi indicado o texto de apoio “Um processo de mudança no coletivo” (presente no material pedagógico e mencionado na apresentação da formadora), para embasar as ações futuras.

Ao fim, os educadores avaliaram o encontro. Confira a tabulação aqui.

Deixe um Comentário