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Após vestibular, Unicamp recebe primeira turma de calouros indígenas

No ano em que a Unesco comemora as Línguas Indígenas, os 68 calouros de 23 etnias diferentes aprovados no Vestibular Indígena da Unicamp começaram a chegar ao campus da universidade. A maior parte dos alunos é de Baré, Tukano e Baniwa, da região do Rio Negro, no Amazonas, e já está desembarcando em Barão Geraldo, distrito de Campinas (SP), no interior de São Paulo.  

Um desses estudantes é Iaponâ Ferreira Guajajara (foto), de Marabá (Pará), cidade que fica a mais de 2.300 km de Campinas. Ele vai cursar Ciências Sociais na Unicamp:  “Sou militante de movimentos sociais, gosto de ler e de criticar. Gosto de desafios e lutei muito para estar aqui”, diz.

Reunidos numa rede de apoio, os estudantes da universidade garantiram aos indígenas, por meio de doações, passagens e transporte, além da hospedagem. Batizada de Ubuntu, a rede reúne quase cem estudantes que se esforçaram para organizar a acolhida e levantar recursos de doações, além de promoverem rodas de conversa para quem vai receber os indígenas em casa.

O ingresso dos indígenas se deu através do primeiro Vestibular Indígena, aplicado em 2 de dezembro de 2018 pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest). As provas aconteceram em cinco cidades do país (Campinas (SP), Dourados (MS), Manaus (AM), Recife (PE) e São Gabriel da Cachoeira (AM)) e atraíram 611 inscritos. 

Fonte: Expectativas e acolhida: os calouros indígenas estão chegando

(crédito foto: Antonio Scarpinetti/Unicamp)

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