Indisciplina, violência e o desafio dos Direitos Humanos nas escolas
28 de novembro de 2016
Um dos preconceitos mais arraigados em nossa sociedade é o de que “o povo brasileiro é pacífico e não violento por natureza”, preconceito cuja origem é antiquíssima, datando da época da descoberta da América, quando os descobridores julgavam haver encontrado o Paraíso Terrestre e descreveram as novas terras como primavera eterna e habitadas por homens e mulheres em estado de inocência. É dessa ‘Visão do Paraíso’ que provém a imagem do Brasil como ‘país abençoado por Deus’ e do povo brasileiro como cordial, generoso, pacífico, sem preconceitos de classe, raça e credo. Diante dessa imagem, como encarar a violência real existente no país? Exatamente não a encarando, mas absorvendo-a no preconceito da não violência.
Partindo desta afirmação de Marilena Chauí, Flávia Schilling discorre neste artigo sobre a multidimensionalidade da violência no país e seus reflexos no cotidiano escolar:
“Aparentemente estaríamos vivendo um momento histórico em que, pela primeira vez, encaramos a face violenta da sociedade, com seus preconceitos de classe, de raça, com sua violência estrutural. Os antigos discursos, que remetem os atos violentos à exceção, ao louco, ao doente, ao “ogro”, parecem não mais funcionar: revelariam um profundo mal-estar social. Há dimensões da violência que deixam de ser invisíveis, há tipos de vitimização coletiva e individual que começam a ser vistos. Verifica-se a existência de conflitos coletivos, sociais, familiares que resultam em respostas violentas. Há um esforço para quebrar o silenciamento que envolve estas questões que não são da vida privada ou secreta – são políticas e públicas.”
Leia a integra do artigo aqui:
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Respeitar é Preciso! Team