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3° Encontro na DRE Pirituba 2018

3° Encontro

Data: 18/06/2018
Formadora: Ana Lúcia Catão
Pauta:
– Respeito Mútuo
– Mapeamento

 

O tema do encontro era o Mapeamento. A formadora explicou o lugar do mapeamento dentro da na proposta do Respeitar é Preciso! e iniciou a pauta pedindo aos educadores para que levantassem algumas concepções sobre respeito e desrespeito. Algumas respostas dadas:

  • Respeito:
    • Legitimação da expressão, mesmo não concordando;
    • Reconhecimento da dignidade pelo diálogo, trocas e políticas públicas;
    • Valorização da palavra;
    • Exercício de ver o outro lado.
  • Desrespeito:
    • Falta de escuta;
    • Voz não legitimada (por exemplo, quando as instâncias do Conselho não têm a mesma escuta).

A formadora relembrou o texto de apoio Respeito Mútuo (pág. 92 do material impresso) que trata da relação de mutualidade encontrada na expressão “Desrespeito porque não sou respeitado e só respeito quem me respeita”. Foi então ressaltada a importância de mapear o respeito e o desrespeito na escola, pois a atividade torna visível atitudes e situações muito sutis que estão na base da violência ou do conflito estourado, sendo vantajosa para localizar conflitos ou violência.

O grupo foi apresentado à estrutura do capítulo sobre Mapeamento constante do material (pp 65 e ss. do impresso), o percurso ali exposto, a atividade da deriva e os campos de análise.

Foi proposto que se anotasse como se dão as relações nos espaços de sua escola, pensando em situações de respeito e desrespeito, sob as seguintes consignas:

“Como acontecem as relações nos espaços destacados?”

“O que você acha que contribui para essas relações acontecerem dessa maneira?”

Em seguida, a formadora propôs um exercício individual de mapeamento dos espaços da escola, preenchendo o quadro apresentado no material (O que vai bem e O que vai mal).

“Percorrer a escola é interessante por isso: espaços pouco visíveis se tornam mais significativos.”

A socialização dos exercícios de mapeamento foi muito produtiva. Os apontamentos positivos e negativos eram diferentes para cada escola, e lembraram de lugares diferentes. Segundo um dos presentes, “foi interessante olhar para espaços que não olharia, como o portão da escola”. Outro lugar mencionado pela maioria foi a Secretaria da escola. A lembrança do portão e da secretaria rendeu uma socialização aberta sobre a importância destes espaços nas escolas. Alguns apontamentos que surgiram:

PORTÃO DA ESCOLA

  • Uma fronteira entre o dentro e o fora;
  • Um lugar de acolhimento;
  • Dependendo de sua configuração espacial, pode dar uma mensagem de acolhimento ou de afastamento;
  • “Tem escola que é aberta, escola que é fechada. Escola que tem sempre gente no portão recebendo e escola que tem sempre gente no portão, mas que não recebe nem acolhe;
  • O portão fala também um pouco da relação com a comunidade: confiança/desconfiança;
  • “Nem sempre uma escola fechada tem relação ruim com a comunidade. Não dá para generalizar, assim mesmo é importante ter um olhar para isso”;
  • “Quem está na porta, em geral um ATE, costuma ver situações e ter um acesso diferente com os alunos.”

SECRETARIA DA ESCOLA

  • É importante enxergar todos os adultos da escola como educadores. E que todos os adultos se enxerguem como educadores;
  • Quem está na secretaria sofre pressão de todos os lados, dos professores e das famílias;
  • “Os professores não conhecem a rotina de trabalho da secretaria e cobram muito”. É importante todos fazerem conhecer suas rotinas uns para os outros, de forma a todos terem mais flexibilidade para compreender o que está em jogo nas diversas situações;
  • Secretarias precisam ter horários definidos de atendimento, mas precisam também ter flexibilidade para exceções. Não se pode deixar as famílias “perderem a viagem”;
  • “Quando a família vem para ‘qualquer coisa’, é importante pegar a família, acolher e chamá-la para participar do projeto da escola”;
  • Uma proposta interessante que surgiu: “É preciso rodiziar tarefas na escola entre os adultos, para todos terem a experiência de estar em lugares que nem sempre ocupam e perceber as dificuldades, necessidades e possibilidades que o espaço e as relações que nele se dão oferecem”.

Por fim, foi exibido um vídeo sobre o projeto da professora Roseli Marchetti, da EMEF Infante Dom Henrique, que realizou a seu modo um processo de trabalho semelhante ao do Mapeamento:

 

 

 

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