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2° Encontro na DRE Butantã 2018

1 de dezembro de 2018

2° Encontro

Data: 04/09/2018
Formadora: Gunga Castro
Pauta:
– Retomada das leituras recomendadas:
Páginas 107 a 127 do Caderno Respeito na Escola
Páginas 28 a 35 do Caderno Diversidade e Discriminação
– Análise de caso (caso da menina trans)
– Vivência
– Trecho em vídeo de palestra de Deisy Ventura

A formadora começou propondo um cochicho sobre a questão da discriminação. Após o cochicho, muitos dos presentes relataram situações enfrentadas dentro e fora da escola em que a discriminação estava presente. Foram muitas falas permeadas por relatos pessoais e particulares.

Foram discutidas situações que giraram em torno, principalmente, das questões relacionada às mulheres, diferenças quanto à religião e famílias atípicas. Os relatos e perguntas sobre as formas e estratégias de mediar conflitos nestes tópicos tomaram grande parte do encontro.

É preciso deixar sempre claro que mediar conflitos nem sempre é uma tarefa que acaba na resolução dos conflitos.

Depois disso, perto do horário do intervalo, a formadora propôs uma dinâmica da simulação de deficiências, cuja reflexão sobre foi feita após o lanche.

Como era de se esperar, a questão da inclusão apareceu com muita força e foi bastante discutida, inclusive a questão do laudo médico.

A formadora então propôs a discussão do caso construído para o encontro:

“E agora?

Cecília é aluna do 9º ano e, desde os anos de Educação infantil vive em constante v desconforto em relação à forma como muitos dos alunos se dirigem e se relacionam com ela. No início, eram as brincadeiras na hora do recreio: não tinha vontade de juntar-se ao grupo de meninas, para o qual era sempre dirigida pelos adultos, uma vez que não se interessava elas brincadeiras com bonecas, amarelinhas, etc… era muito difícil também ter ¨permissão¨ dos meninos para se aproximar, ou compartilhar os jogos de futebol. Com o tempo, as situações de isolamento foram se tornando cada vez mais frequentes. Foi só nos anos finais do Ensino Fundamental, que ela, depois de um longo processo de autoconhecimento, optou por mudar seu nome, transformar gradativamente seu corpo, e assumir uma nova identidade. Passou a atender pelo nome de Célio, o que ainda não deixa de suscitar comentários e questionamentos, tanto por parte dos adultos, quanto por alguns colegas. Na última semana, reivindicou para a direção da escola o direito de usar banheiro masculino, o que vem sendo visto com muita resistência pela equipe de gestão e parte do corpo docente, além das reclamações por parte dos colegas. Como lidar com esta situação?”

Em meio à discussão uma professora observou a forma como está exposto caso, argumentando que a narrativa tratou o aluno de forma não muito respeitosa, uma vez que chama o aluno de Cecília no início do texto, quando deveria ter respeitado sua opção de ser chamado de Célio desde o começo.

A formadora achou certeira a observação, pontuando que revisaria o texto para futuras atividades. A formadora ainda fez uma consideração sobre o nosso preconceito cotidiano do qual não nos damos conta, por isso a importância de não deixar de falar sobre estes assuntos, agradecendo a professora pela observação quanto ao texto.

O restante da discussão sobre o caso foi consensual no sentido de que a grande maioria dos presentes concordava que o aluno tinha o direito de escolher o banheiro que usaria.

Para encerrar, foi exibido o seguinte trecho da palestra de Deisy Ventura (dos 3’50” aos 09’15”), que trata sobre discriminação e “mi mi mis”.

 

Leia as avaliações do dia feitas pelos presentes.

Confira a apresentação de slides da formadora.

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