20 de agosto de 2019
Gabriel Pereira Alves, 18; Dyogo Xavier de Brito, 16; Enrico Menezes Júnior tinha 19 anos; Lucas Costa e Tiago Freitas, 21; Margareth Teixeira, 17; José Luiz Oliveira, 27: todos estes jovens, negros e moradores de comunidades, tiveram suas vidas interrompidas durante ações da polícia carioca nos últimos dias. Além da dor da perda, as famílias e amigos das vítimas convivem também com o medo de seguirem vivendo nas favelas.
Em junho deste ano, dados divulgados pelo Atlas da Violência, mostram que 75,5% das vítimas de homicídio no Brasil são negras, é a maior proporção da última década. Nesta semana, dados levantados pela reportagem do UOL mostram que, das 881 mortes ocorridas em operações policiais no Rio neste primeiro semestre, nenhuma ocorreu em área de domínio da milícia.
Para visibilizar os impactos do racismo na saúde da população negra e periférica do Brasil, o Usina de Valores promove o debate online “Favelas, Violências e Doenças Invisíveis” nesta quarta-feira, dia 21/8, às 19h, na página do Quebrando o Tabu no Facebook.
O bate-papo reunirá Júlia Rocha, médica, cantora e colunista; Lúcia Xavier, assistente social e coordenadora da ONG Criola; Mônica Cunha, Educadora e fundadora do Movimento Moleque; Preta Rara, rapper, historiadora e escritora e Mônica Cirne, fisioterapeuta e criadora do Instituto Movimento & Vida. A mediação fica por conta de Flávia Oliveira, jornalista e comentarista da Globo News.
Lançado pelo Instituto Vladimir Herzog em março de 2018, o projeto Usina de Valores tem foco no combate ao discurso de ódio. Presente no Complexo do Alemão desde 2018, o Usina considera urgente e necessário evidenciar a vida, a produção de conhecimento e a ocupação do espaço público a partir da favela.