Autor da Experiência
Rafael Ferreira Silva
Cargo
Diretor
Escola
EMEF Brasil-Japão
Cidade
São Paulo
11 de dezembro de 2019
O Projeto consiste na retirada gradual de portões, grades e cadeados da EMEF Brasil Japão, localizada no distrito do Rio Pequeno (DRE Butantã), por meio de diagnóstico e mapeamento das grades a serem retiradas. O projeto possui o objetivo de promover uma política pública de Educação em Direitos Humanos e formação da cultura de paz.
Dentro dos debates educacionais, a retirada de grades das escolas é considerada um tema tabu, ou seja, os educadores e alunos evitam falar a respeito. O Projeto partiu do diagnóstico de que havia um excesso de grades e portões no interior da escola, caracterizando a perspectiva da chamada “carcerização” da sociedade. Tanto a escola como o bairro onde a escola se encontra sofrem dos estereótipos de “perigosos” e “violentos”. Neste sentido, a presença e necessidade de colocação de grades tornaram-se fundamentais para se garantir a suposta segurança dentro e fora da escola.
Somada à “carcerização” (investimento na colocação de grades), a “militarização” do sistema escolar reforça a ideia de que a ‘disciplina’ e o “bom comportamento” serão conseguidos somente com a presença das forças policiais no interior da escola. Assim, o Projeto aposta na autonomia e no protagonismo infanto-juvenil para a construção de um ecossistema pedagógico e educativo pautado no diálogo e no respeito às diferenças e diversidade. A proteção dos professores, funcionários e alunos não pode servir de pretexto para a “criminalização” dos alunos”, para a denominada “judicialização da educação” e para a criação ou transformação da escola em ambientes similares ao de uma prisão.
O Projeto iniciou-se em 2017, teve o seu desenvolvimento em 2018 e está em curso, com previsão de continuidade em 2019 e 2020.
Conquistas do Projeto:
• 1o. lugar na categoria Unidade Escolar do 7ª edição do Prêmio Municipal de Educação em Direitos Humanos (2019), realizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania em parceria com a Secretaria Municipal de Educação• Matéria UOL: Escola com fama de violenta retira grades: ‘Precisa acreditar no jovem’
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