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2° Encontro na DRE São Miguel 2018

2° Encontro

Data: 25/05/2018
Formadora: Celinha Nascimento
Pauta:
– Devolutiva das avaliações do mês anterior, pela equipe da DRE
Escutar é Preciso!
– Apreciação do trecho do filme “O Contador de Histórias”
– Trabalho sobre o texto de apoio “Cuidados para Abrir Espaços de Diálogo”

A Linha do tempo (um sumário das ações públicas voltadas à promoção dos Direitos Humanos levadas a cabo nos últimos anos, dentre elas o próprio Respeitar é Preciso!) foi afixada no espaço do auditório, bem como as avaliações anteriores. O mural de notícias trazido pela formadora (REP!ARA!) também foi colocado no ambiente da atividade.

Para o início do encontro, a Equipe da DRE organizou e exibiu as avaliações e expectativas criadas pelo encontro anterior, incentivando uma apreciação destas por parte do grupo:

A formadora pediu para participar desta conversa, e junto com o grupo organizou as avaliações e encaminhou possíveis devolutivas:

  • Ficou claro que a tarefa do educador (independentemente se integrante das CMCs ou do Respeitar) é estar em permanente formação, aprendendo sempre, ter momentos de estudo, experiências e ideias;
  • Sobre as orientações específicas para os CEIs, a formadora sugeriu a leitura da parte reservada à Educação Infantil presente no material do Respeitar;
  • Quanto à demanda por representantes do Ministério Público, a equipe da DRE mencionou uma provável parceria com a OAB, prevista para o mês de setembro. Aproveitou-se a ocasião para lembrar o 1º Grande Encontro das CMCs , que contou com a presença do Procurador do Município de São Paulo Maurício Tonin e do magistrado Egberto de Almeida, o que aproximou os educadores do debate sobre justiça Restaurativa na prática;
  • A leitura das questões ligadas à Portaria 2.974/2016, CMCs e impedimento legal renderam um ótima conversa, trazendo esclarecimentos por parte da equipe DRE quanto à importância de melhor conhecer os documentos legais que regulam as CMCs;
  • Sobre a demanda de “apresentar experiências positivas realizadas em outras UEs”, foi lembrado que isso já está previsto para os próximos encontros;
  • Falou-se bastante sobre como cada Unidade pode tornar possíveis seus planos e sonhos, coletivamente.

Este exercício de falar das avaliações foi muito útil, pois possibilitou tratar de várias questões importantes num único momento.

A formadora tomou a pauta e iniciou fazendo um breve apanhado da trajetória do Respeitar e do encontro passado, que havia marcado para este dia a apreciação dos mapeamentos que os educadores trariam. Como muitos dos presentes eram novos ao grupo, não foi possível retomar deste ponto. Foi salientado que os encontros precisam estabelecer mecanismos para marcar o percurso e conseguir registrar e passar adiante o que acontece neles, para que não seja necessário começar sempre de novo.

Utilizado os slides preparados, a formadora trouxe o tema da Escuta para uma conversa entre todos. Algumas participações registradas foram:

  • “É preciso escutar de verdade, desarmar-se e ser profissional nesta atividade”;
  • “Mediação de Conflitos não é apartar brigas, vai além, e a escuta faz parte disso”;
  • “Existem muitos conflitos velados que os educadores fazem de conta que não existem e os alunos percebem”;
  • “Vamos pensar em ser mais profundos e não apenas nas brigas”.

Em seguida foi exibido um trecho do filme “O Contador de Histórias”, observando como os minutos iniciais do longa de certa forma exemplificavam o que recomenda o texto “Cuidados para Abrir Espaços de Diálogo”, no tocante à relação entre o menino e a pedagoga.

Depois do vídeo, formaram-se pequenos grupos para trabalhar o texto apresentado. A formadora percorreu os grupos e observou a leitura que faziam do texto. Após este momento, houve uma nova rodada de discussão entre todos os presentes. A formadora fez uma síntese dos tópicos do texto que chamaram mais atenção e mereceram maior tempo de discussão aberta:

1- Juntos se constrói conhecimento

  • Conhecimento só é bom quando compartilhado;
  • Para todos participarem com confiança, é preciso tempo para se expressar;
  • Considerar o lugar de fala e a representatividade;
  • Apropriar-se do outro;
  • É importante “abrir espaço” mas não ser dono do conhecimento –  não direcionar;
  • Os caminhos desta construção são imprevisíveis – não se pode ter ansiedade;
  • Avaliar sempre a importância do que foi dito;
  • Estabelecer um contrato com aluno;
  • Problema da “voz que não reverbera”.

2- Acolhimento, ritualização

  • Validar a fala não é atender sempre, às vezes a resposta é NÃO e precisamos ensinar isso também;
  • Às vezes não é viável todos serem ouvidos (como neste encontro com tempo reduzido);
  • Atender muito não é atender bem – não se pode perder a meta de qualidade, mesmo que se diminuam os atendimentos;
  • O atendimento aos pais precisa considerar espaço e tempo, dia específico, mãe e pai (às vezes o pai sai com o NÃO como resposta);
  • Pai merece respeito: é a regra básica de como ser atendido e acolhido na escola;
  • O Lugar de Fala tem que ter representatividade e não hierarquia;
  • Há um medo de não ter controle do que vai acontecer, perda do controle;
  • O acolhimento pode ser físico e fraternal.

3- Distribuir fala, dinâmica do grupo

  • “A Escola é o único lugar para exercer democracia: só se tem voz na escola, todos os espaços estão sendo suprimidos e os direitos suprimidos destes espaços; as instituições públicas estão falidas, há muita repressão.”
  • “Só estou aqui hoje porque tivemos 80% do grupo na escola, pois geralmente não temos professores e não podemos sair.”
  • Foi citado um caso de homofobia que envolveu um menino machista, onde foi necessário passar de sala em sala para conversar com toda escola;
  • “O Judiciário não está do lado dos educadores, que enfrentam situações-limite no mundo todo.”

Houve menos tempo para debater o último item, “Suspensão do Julgamento”, dado a extensão do debate sobre os itens anteriores.

Ao fim, os educadores fizeram uma avaliação oral do encontro.

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