Tarefa 6 – Curso REP! – Vanessa Santos Siqueira de Souza
Função
Professora
DRE / Unidade Educacional
Butantã
Escola
EMEI Proofessor Benedicto Castrucci
Trabalho de conclusão do Curso “Respeitar é preciso: EDH e a atuação das Comissões de mediação de conflito”
Aluna: Vanessa Santos Siqueira de Souza
Data: 03/08/2020
“O mundo adulto é muito embrutecido. Temos muito a aprender com as crianças, sobre como elas veem o mundo e outros caminhos para resolver os problemas” – Franciele Busico Lima
Tema: Escuta e voz ativa na educação infantil: a importância de se conhecer e respeitar para conviver.
Justificativa: A educação infantil é nosso elo de relação para se aproximar da comunidade escolar, de compreender qual o contexto em que nossos alunos vivem e convivem. E qual a melhor forma de realmente entender sensivelmente essas questões se não através da escuta e voz ativa de nossos alunos. O trabalho de mediação de construção de conhecimento, de estabelecer vínculos e de aprender juntos se dá através da escuta ativa da criança, do espaço para o protagonismo e diálogo entre escola e família. Ouvir para entender, dialogar para saber como contribuir no território escolar. Compreendê-las como sujeito de direitos, capazes de influenciar a vida coletiva significativamente.
Público alvo: alunos da educação infantil (EMEI) com faixa etária de 4 a completar 6 anos, funcionários da escola, famílias e comunidade escolar.
Intenção: Após todo processo de formação no curso “Respeitar é preciso” senti a necessidade de vivenciar com as crianças e famílias caminhos para tentar por em prática reflexões acerca da importância do mapeamento para tomada de ações, de se dar voz ativa aos alunos e famílias e compreender de fato que tudo que as crianças vivenciam em casa, no seu vínculo familiar e comunidade ecoa lá na sala de aula e como posso fazer uso de toda essa riqueza de saberes … como tudo isso constitui aquele ser que está ali no chão da escola. Então a intenção principal é promover momento de escuta e voz ativa, de falas individuais, de registros reflexivos que tragam a essência desses diálogos e que junto ao atendimento das famílias possamos estar unidos e afinados no que diz respeito a formação da criança (intelectual, física ,moral e emocional).
Objetivos: Através do mapeamento de informações sobre a constituição familiar da criança, coletar dados, afinar diálogos de escuta com a família, permitir e assegurar espaços de escuta e voz ativa da criança dentro do processo de aprendizagem, valorizar o entorno escolar/comunidade como meio de conscientização e de pertencimento ao qual fazem parte, estimular ações culturais e cuidados com os espaços coletivos da comunidade através de ações e ideias construídas junto aos alunos numa perspectiva de ação no território escolar.
Caminhos:
- Atendimento individual das famílias para anamnese e diálogo para mapeamento de dados sobre a formação familiar/ referência de convívio social que as crianças têm;
- Conversas em grupos menores de alunos para aos poucos conhecer melhor a criança;
- Formar Comissão de mediação de Diálogo entre as crianças (aprender a ouvir ambos envolvidos, aprender a respeitar o direito do outro, compreender que é preciso assumir responsabilidades, decidir sobre o que deve ser melhor para todos/ pensamento do coletivo, propor melhorias para escola e comunidade…);
- Trazer as famílias para essas rodas de conversa (Comissão de mediação do diálogo) para que elas também percebam o quanto as crianças tem condições de se impor, se colocar e propor caminhos;
- Promover ações de interação social com a comunidade escolar, como Sarau poético convidando pessoas da comunidade para mostrar seus talentos;
- Promover ações das crianças como protagonistas nesse território com ações de melhorias elencadas por eles nas nossas rodas de Mediação do diálogo.
Duração: D e 1 à 2 semestres. Esse trabalho (nesse momento o vejo como um projeto) deve ser iniciado no começo do ano para estabelecer primeiros laços de interação e construir assim caminhos de escuta ativa com a criança e com a família. Esse percurso pode caminhar até o fim do ano ou ser semestral. Tudo vai depender da intensidade dessas relações. Acredito que primeiro semestre seria para atendimento às famílias, construir vínculos e relação de parceria, iniciar processo de mapeamento com esse território escolar/ familiar para definir quais caminhos a serem vivenciados / encaminhamentos construídos junto às crianças, quais principais intervenções a serem feitas no entorno escolar…
Avaliação: A consolidação dos momentos de escuta ativa seguidos de ações de intervenção serão o parâmetro de avaliação desse processo de aprendizagem, assim como todo processo de registro desse caminhar. O objetivo maior será garantir momento de reflexões com os pequenos sobre assuntos importantes do seu dia a dia que os ajudem a pensar quem são, onde vivem, qual seu papel no mundo (empoderamento) e como todos temos direito a voz e também de ouvirmos nosso próximo. O registro reflexivo, fotos, vídeos e estudo do meio / entorno vão fazer parte desse processo avaliativo.
- Contamos com a parceria da gestão escolar nesse processo de construção de cidadania e democracia que o trabalho com a escuta e voz ativa dos alunos trarão nesse processo.
Espero que em 2021 essa proposta apresentada acima possa ser vivenciada!
Foi uma formação daquelas que mexem com todos os nossos sentidos… só tenho a agradecer pelos formadores e riqueza do material apresentado.
Espero que minha proposta de ação apresentada acima seja entendida como um pequeno sopro de possibilidade de intervenção e do nosso compromisso como educador na defesa dos direitos humanos e da formação de cada aluno de que passa por nossa vida. E que como membro da mediação de conflitos da minha unidade escolar possa ter ainda mais consciência e responsabilidade do papel que ocupo. Respeitar é preciso!