Tarefa 6 – Curso REP! – Michelle Mudesto da Silva
Função
Professor de Educação Infantil
DRE / Unidade Educacional
Guaianases
Escola
CEU CEI ÁGUA Azul
PROPOSTA DE AÇÃO DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS NA ESCOLA
JUSTIFICATIVA
A construção de uma cultura de Respeito aos Direitos Humanos no ambiente escolar, assim como em outros contextos, exige conhecimento, reflexão, prática e, sobretudo, um olhar humanizado sobre o outro, sobre as situações e contextos. Para tanto, aprender a enxergar o outro, considerá-lo como sujeito de direitos, a partir de uma perspectiva de Respeito, a escuta e o diálogo são imprescindíveis.
Analisando o contexto educacional no qual estou inserida, cuja a escuta é bastante incipiente, refletindo em um diálogo que mais se assemelha a um monólogo e em uma participação tímida da maioria da equipe escolar nas falas, discussões e decisões da escola. Muito poque são sempre os mesmos que se expressam e opinam sobre os assuntos e decisões a serem tomadas, o que, por diversas vezes, tem causado atritos entre os diferentes grupos e períodos e um sentimento de não pertencimento, de uma boa parte da equipe, ao ambiente escolar.
Diante disso, justifica-se, como uma medida inicial na direção da construção de uma Educação em Direitos Humanos nessa unidade escolar, a implementação de algumas ações que visam despertar a equipe escolar, inicialmente, para as suas deficiências no tocante à comunicação, ao diálogo e à participação de cada um nas discussões e decisões da escola, e posteriormente para a importância da construção de um ambiente onde ocorra a escuta ativa, o diálogo, a comunicação e o respeito às diferentes opiniões.
FINALIDADE
No decorrer da ação e ao término dela, pretende-se sensibilizar os membros da equipe escolar com relação à importância de uma comunicação saudável para a construção de um ambiente humanizado, pautado nos Direitos Humanos e nos valores democráticos. Além de chamar-lhes a atenção para o papel singular que o diálogo ocupa na construção de tal espaço e de que sem a escuta ativa e empática não há diálogo.
Por fim, e a partir de todas as outras reflexões que se pretende despertar na equipe escolar, com a realização desta ação, espera-se que a equipe possa identificar as deficiências no tocante a comunicação que a escola possui e apontar caminhos para a mitigação de tais deficiências, além de estimular a equipe escolar a empenhar-se na efetivação do Plano de Ação construído coletivamente.
OBJETIVOS
- Sensibilizar a comunidade escolar para a importância de uma comunicação saudável, pautada no respeito mútuo, no diálogo e na escuta, para a Educação em Direitos Humanos;
- Promover o compartilhamento das informações do curso “Respeitar é preciso” e a utilização das mesmas para suscitar reflexões acerca da cultura implementada na escola e da prática escolar;
- Despertar a percepção sobre as deficiências na comunicação vigente na escola, bem como a percepção de como acontece o diálogo e a escuta entre os membros da equipe dos mais diversos seguimentos;
- Fomentar o entendimento do que é a escuta ativa e da sua importância para a mediação dos conflitos no ambiente escolar;
- Estimular a participação nas discussões e decisões da escola, a partir da construção de um ambiente acolhedor da diversidade, inclusive de opiniões, e pautado no respeito;
DURAÇÃO
As ações serão desenvolvidas em três ou quatro encontros, a depender da quantidade de participação em cada atividade, levando em consideração que a equipe escolar é numerosa e esperando a participação espontânea da grande maioria nas colocações e reflexões.
AÇÕES
- Após a apresentação da proposta para a gestão da escola, bem como para o Conselho Escolar, para validação da ação, realizaremos um acolhimento de toda a equipe escolar com um café da manhã ou da tarde (dependendo da disponibilidade do grupo, abri- se a possibilidade de se fazer em dois momentos, um para cada período). Nesse café será realizada uma aula especial cujo o conteúdo será baseado no texto de apoio “Cuidados para abrir espaços de diálogo” das páginas 98 a 110 do caderno Respeito na Escola, visando, a partir do texto, sensibilizar a equipe escolar no que se refere a importância da comunicação para a construção de uma cultura de Direitos Humanos na escola.
- Após esse primeiro contato com o assunto, os membros da equipe serão convidados a se dividirem em dois grupos. A composição de cada grupo deve ser preferencialmente heterogênea, ou seja, conter representantes de todos os seguimentos da U.E.( grupo de apoio (incluindo os profissionais das atividades terceirizadas, tais como cozinha e limpeza), docentes e gestão escolar), para que as reflexões de ambos os grupos contenham os pontos de vista de todos os seguimentos sobre a temática em questão.
Cada grupo será convidado a participar de uma reflexão acerca da comunicação existente na escola, através de questionamentos que permitam chamar a atenção de cada integrante sobre como a comunicação ocorre naquele ambiente (Aqui, é importante deixar claro que a atividade que se pretende desenvolver é a atividade de mapeamento, sugerida na página 82 do caderno Respeito na Escola. Tal atividade será usada como roteiro para esse momento de sensibilização e reflexão). Ao término dessa atividade, os dois grupos socializarão suas reflexões para toda a equipe.
- Em um terceiro momento, que pode ser realizado em um outro dia, para não ficar demasiadamente cansativo caso a atividade anterior tenha se estendido um pouco, os membros da equipe serão convidados a realizar a atividade de escuta mútua com feedback (a proposta é seguir o roteiro disponibilizado no caderno Mediação de Conflitos, página 80 e 81 ), visando promover um momento de reflexão sobre a escuta que fazemos e sensibilizar para a empatia e para a diferença entre o que se quer dizer e o que o interlocutor escuta (aqui, é importante salientar que a escolha dessa atividade se deve às reflexões que ela pode desencadear, como a percepção de que muitas vezes não sabemos ouvir).
Ao término os participantes serão incentivados a expressarem para todo o grupo as impressões que tiveram sobre a atividade, nas diferentes posições que ocuparam, como orador, ouvinte e como observador.
- Após os momentos anteriores, será organizado novamente um café de “fechamento” da ação. Nessa oportunidade, primeiramente será reservado um momento para que cada integrante da equipe resuma em poucas palavras o que aprendeu com as atividades propostas.
Em um segundo momento, solicitaremos que o grupo aponte as necessidades que a escola possui no tocante a comunicação, a partir das reflexões que foram realizadas no decorrer das atividades, se ainda identificam deficiências, em quais pontos e os caminhos que apontam para a melhoria cotidiana da comunicação no ambiente escolar. A partir daí, faremos um “ Plano de Ação” para a continuidade do trabalho, incluindo ações a serem realizadas junto aos demais seguimentos da comunidade escolar (familiares, alunos e instituições parceiras, tais como o posto de saúde da comunidade, a escola técnica que realiza palestras sobre saúde bucal para os alunos etc.) para melhorar a escuta, o diálogo e a comunicação da escola como um todo e avançarmos na Educação em Direitos Humanos na unidade escolar.
AVALIAÇÃO
A avaliação da efetividade da ação será realizada por toda a equipe escolar no último encontro, no qual cada participante mencionará o que aprendeu com a ação, que subsidiará a construção de uma avaliação coletiva ao término dos apontamentos.
Além disso, como pretendemos que a referida ação seja o início de um trabalho que será continuado e ampliado através do Plano de Ação que será construído, entendemos que a avaliação será constante, já que o tema não se esgota, tão pouco será finalizado.