Tarefa 6 – Curso REP! – Daniela dos Santos Nunes
Função
Professor de ensino fundamental II e médio
DRE / Unidade Educacional
Campo Limpo
Escola
CEU EMEF JOSÉ SARAMAGO
Direitos Humanos em Tempos de Pandemia
Justificativa
Diante da situação quando a PMSP emitiu o Decreto Municipal nº 59.283, de 16 de março de 2020 que declarou situação de emergência no Município de São Paulo e definiu outras medidas para o enfrentamento da pandemia decorrente do corona vírus e determinou em seu artigo 16º que a Secretaria Municipal de Educação promovesse a interrupção gradual das aulas na rede pública de ensino […] (inciso IV) e adotasse medidas visando à operacionalização de ensino à distância (inciso VI), eu como professora da rede, me vi pensando em meus alunos que estão em uma comunidade localizada na região sul de São Paulo e que já sofriam com as situações de pobreza, vulnerabilidade e violência diariamente.
Como seria esse novo modo de aula? Como respeitar esses alunos e suas diversidades? Como garantir o aprendizado a todos vivendo em uma sociedade tão injusta e desigual? Várias perguntas surgiram em minha mente sobre o que faríamos.
Objetivo Geral
Promover uma educação de qualidade pautada nos direitos humanos, que respeite a diversidade e que promova uma escuta ativa dos estudantes dentro de suas necessidades dentro do período de pandemia.
Objetivo Específico
Considerando o Projeto Político Pedagógico da UE, bem como as metas curriculares estabelecidas na legislação, este projeto visa alcançar os seguintes objetivos:
– Oferecer a crianças e adolescentes a continuidade das aprendizagens durante o período em que permanecer a situação de emergência no Município de São Paulo.
– Assegurar a aprendizagem de crianças e adolescentes durante a suspensão do atendimento presencial nas Unidades de Educação Municipal de Ensino Fundamental;
– Promover apoio emocional crianças e adolescentes por meio de conteúdos e/ou interações virtuais;
– Articular o material impresso “Cadernos Trilhas de Aprendizagens” elaborado pela SME/COPED com atividades virtuais complementares;
– Garantir o direito a um ensino de qualidade as crianças e adolescentes mesmo em situações emergenciais como essa da pandemia do Corona vírus;
– Conscientizar mães/pais/responsáveis que mantenham crianças e adolescentes pelos quais são responsáveis motivados a estudar e sigam aprendendo;
– Transformar esse momento excepcional em uma oportunidade de fortalecer os vínculos entre famílias, crianças/adolescentes e escola.
– Procurar minimizar o reflexo da fome e da desigualdade deixado por essa pandemia.
Conteúdo
– O que são Direitos Humanos e para que eles servem?
– O que é o respeito? Há respeito na escola?
– Diversidade e discriminação.
– O que são direitos? Eu tenho deveres? Será que sou sujeito de direitos?
– A escola e a democracia.
– Por que mediamos conflitos?
– Há uma função social para a escola durante a pandemia?
Público Alvo
– Os alunos, crianças e adolescentes público da EMEF.
– Os funcionários da unidade escolar.
– Pais e responsáveis de alunos.
– Comunidades Escolar.
– Conselho Escolar.
– APM.
– Comissão de Mediação de Conflitos.
Estratégia
Como estratégia para atendimento e interação com os responsáveis, crianças e adolescentes, elencamos as seguintes:
- Contato através de telefone, WhatsApp e Facebook a fim de estabelecer uma comunicação permanente. Se necessário, serão utilizados os equipamentos tecnológicos na Unidade Educacional;
- Mapeamento da comunidade escolar e suas necessidades nesse momento de pandemia, fizemos o levantamento junto a comunidade escolar por meio de questionário nas plataformas digitais e por ligações para mapear os nossos alunos e suas necessidades, saber quem tinha acesso a internet, quem estava recebendo auxílio emergencial do governo, quem estava recebendo cesta básica, quem precisava de ajuda ou de cesta básica, quem tinha celular, tablet ou computador para acessar a plataforma e realizar as atividades.
- Definição de plantões de atendimento via plataforma Google Classroom para tirar dúvidas;
- Criação, se necessário, de novas estratégias para atingir crianças e adolescentes que não conseguirem acessar as atividades virtuais ou que não estejam interagindo de forma satisfatória.
- Impressão de atividades adequadas as necessidades para os alunos público alvo das salas de recursos da unidade e aos alunos com deficiência.
- Atividades traduzidas para libras para os alunos surdos gravadas em vídeos e disponibilizadas nas plataformas digitais, chamadas de vídeo para promover o diálogo entre alunos surdos e seus familiares e auxiliar na resolução das atividades escolares.
- Captação de recursos online por meio de vaquinhas virtuais para cestas básicas e de higiene de famílias de alunos que estavam passando por necessidades.
- Auxílio para as trabalhadoras terceirizadas por meio de doação de cestas básicas.
- Proposta de atividades com professores em reuniões sobre o papel da escola e como colocar em prática as ações de Direitos Humanos.
- Reunião com o conselho de escola e APM sobre a destinação das verbas, uso das plataformas, gestão democrática e como a escola poderia atingir a todos os alunos nesse momento de pandemia.
- Debate com os alunos nas plataformas digitais sobre a opinião deles a respeito desse momento e como eles estavam enfrentando o medo diante da pandemia.
- Garantia dos outros membros do concelho de escola, mesmo que nesse momento seja algo difícil, mas sabemos a importância da presença de todos os colegiados e que todos sejam ouvidos e possam expressar suas angústias e impressões para as tomadas de decisões e os rumos da unidade escolar.
- Pensar em uma educação de qualidade e de equidade em um momento tão atípico, tentando garantir o direito de todos em suas necessidades seja de acesso com a impressão de materiais ou a retirada do mesmo na unidade escolar, disponibilizando outras plataformas para esse aluno que torne pra ele mais acessível o direito a explicação e ao conteúdo, seja para os alunos com algum tipo de deficiência produzindo atividades adequadas as suas capacidades físicas ou mentais, seja por falta de alimento com o mínimo que era uma cesta básica.
- Discussão com os alunos sobre preconceito e racismos. Como fazer para combater situações de racismo.
- Levantamento pelos órgãos colegiados sobre por quais caminhos a escola irá debater o respeito e a diversidade, e como iremos fortalecer o CMC em nossa unidade escolar.
Culminância
O projeto está processo, pois ainda nos encontramos em meio a pandemia, e traçando meios e metas para sairmos dela da maneira mais segura para todos, promovendo debates e discussões e ouvindo alunos, professores, responsáveis, equipe técnica, comunidade e a equipe de saúde.
Contudo, temos clareza que já era algo latente em nossa escola e ficou muito claro após a pandemia, que precisamos fortalecer todos os colegiados dentro da unidade escolar e principalmente tornar mais ativo o órgão da Comissão de Mediação de Conflitos que foi importantíssimo nesse momento de pandemia, frente aos levantamentos dos nossos alunos em situações mais frágeis.
Avaliação
A avaliação ocorrerá de forma contínua de acordo com o envolvimento e desempenho que apresentarem as crianças, adolescentes e seus familiares e sempre que houver necessidade haverá ajustes nos conteúdos, estratégias e ritmos das interações.
A avaliação será compartilhada com a Coordenação Pedagógica e registradas em suportes a serem decididos pela Equipe Gestora da Escola, pelas equipes de colegiados e para adequações que o projeto necessitar afim de garantir o fortalecimento de uma gestão democrática, o respeito a todos os envolvidos no processo educacional e a comissão de mediação de conflitos. Garantindo uma escola mais justa e com equidade a todos os alunos!
Profª Daniela dos S. Nunes – RF – 809229-0
Secretaria Municipal de Educação
DRE – Campo limpo
CEU EMEF José Saramago
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