Tarefa 6 – Curso EDH – Solange Aparecida Ribeiro da Silva
Função
PROF FUNDAMENTAL I E INFANTIL
DRE / Unidade Educacional
Freguesia do Ó / Brasilândia
Escola
EMEF PROF CECILIA MORAES DE VASCONCELOS
EDH – Desafios do contexto atual
2020
Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas
AÇÕES DE PREVENÇÃO, PROMOÇÃO E ATENÇÃO À SAÚDE.
ESCO LA: EMEF CECILIA MORAES DE VASCONCELOS PROFA
CÓDIGO INEP: 23.019.35090585
ALUNA: SOLANGE APARECIDA RIBEIRO DA SILVA
RF: 7161191
SÃO PAULO-SP
I INTRODUÇÃO
A ênfase do projeto mostra uma proposta de promoção da saúde aliada à prevenção do uso de drogas e outros comportamentos de risco no contexto escolar, atendendo os requisitos de mérito e capacidade e implementando uma série de medidas para evitar a exclusão de minorias.
Para melhor demonstrar os resultados e aplicações da proposta foi desenvolvida a pesquisa da clientela escolar através de entrevistas com alunos, familiares e algumas visitas domiciliares realizadas por professores e funcionários da escola referida.
A modalidade de pesquisa bibliográfica busca, a partir de pesquisas já realizadas, explorar literatura existente sobre o tema, consultando as características, definições e ações tomadas para o alcance dos objetivos.
Para efeito de discussão e sugestões para as práticas pedagógicas e de gestão educacional, todo e qualquer aluno merece atenção e se beneficia quando os professores, através de princípios de educação inclusiva, defendidos em documentos oficiais nacionais e internacionais marcam relações mais igualitárias nas sociedades como forma de combate a prática excludente.
Podemos citar:
- O Programa Saúde na Escola(PSE) foi instituído pelo Decreto no. 6286, de 5 de dezembro de 2007, que afirma no seu artigo 1º.,o seguinte texto: “Fica instituído, no âmbito dos Ministérios da Educação e da Saúde, o Programa Saúde na Escola(PSE), com a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde”.
- O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas – PSE/SPE, também instituído entre os Ministérios da Educação e da Saúde e contando com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(UNESCO), Fundo das Nações Unidas para a Infância(UNICEF) e Fundo de População das Nações Unidas(UNIFPA), desde o ano de 2003, representa um marco na integração saúde-educação e destaca a escola como o espaço ideal para a articulação das políticas voltadas para adolescentes e jovens.
- Durante o Simpósio Internacional sobre Drogas: da Coerção à Coesão. Realizado no Museu Nacional da República, na capital federal, em 11 de setembro de 2013, o Chefe do Departamento de Prevenção às Drogas e Saúde do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Dr. Gilberto Gerra diz: “Os transtornos relacionados ao uso de drogas devem ser reconhecidos como problemas de saúde e tratados como qualquer outra doença” Apresentou evidências científicas baseadas na saúde e não na punição sendo necessário reconhecer condições de vulnerabilidade e acabar com a discriminação aos usuários de drogas.
O desafio deste projeto é a luta pela valorização da vida como um bem social a serviço de uma sociedade mais digna e fraterna.
1.1-conhecendo o educando e identificando a rede social da escola;
Através de coletas realizadas por questionários e entrevistas dirigidas sobre ocupações e profissões dos moradores da região, constatamos serem predominantes as atividades ligadas ao comércio em lojas, supermercados, panificadoras, vendedores ambulantes, manutenção e instalação de eletrônicos, e atividades de auxiliares de limpeza, diaristas, cabeleireiro, entre outras. A renda familiar é baixa e significa fator importante que envolve a dinâmica total das desigualdades e resultados que marcam aspectos gerais que motivam fatores de risco.
As famílias numerosas , estruturadas de forma irregular, carecem de atenção quanto aos cuidados e dedicação oferecidos aos menores ,existem ausência de regras e normas , rigidez ou permissividade de negociação. Em virtude de relações conflituosas na família onde a violência é a solução dos casos as relações interpessoais passam a ser influenciadas por ameaça de fatores insalubres e prejudiciais à vida de cada um.
Os fatores culturais são prejudicados no seu enriquecimento nas famílias onde as expectativas são baixas em relação ao futuro e projeto de vida do adolescente que se sente isolado ao sistema familiar, pois é impedido a considerar sua opção, o sucesso torna-se difícil de ser alcançado.
Quanto à presença do uso de drogas lícitas e ilícitas no ambiente familiar pôde ser constatado uma considerável utilização do uso do álcool e do tabaco em grupos de crianças a partir de 9 anos cujos pais exercem influência,, de adolescentes em situação de desemprego., de experimentação e de recreação.
1.2-contextualizando a escola: o uso de drogas e fatores de risco e proteção do contexto escolar
A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu saúde como completo estado de bem-estar físico, mental e social e não meramente ausência de doença, É intenção do projeto a busca da saúde integral, reconhecendo suas articulações sociais, origens históricas da sua organização tanto na gestão como no planejamento das ações para a construção de novos saberes e no diálogo entre a teoria e a prática.
É através da conscientização da comunidade escolar sobre os direitos e deveres da criança e do adolescente, na coleta de dados cumulativos e comparativos que se farão os registros no território da escola contribuindo com a qualidade de vida do escolar e tudo que o cerca.
O professor, com base no cotidiano da escola, na formação de valores e da identidade dos alunos, pode e deve criar situações pedagógicas para a promoção de atividades que levem às mudanças para o desenvolvimento integral de seus alunos.
Registramos 1275 alunos matriculados na escola e 76 docentes efetivos na rede municipal de ensino.
II – JUSTIFICATIVA
O uso de drogas é um fenômeno sociocultural complexo, o que significa dizer que não só existem variados tipos de drogas, os diferentes efeitos por elas produzidos e a adolescência por ser um período de mudanças e curiosidades representa um momento especial no qual a droga exerce forte atrativo.
A ação preventiva tem também como justificativa o diagnóstico da situação de risco da comunidade, que mostra um percentual elevado de pessoas envolvidas com o uso do álcool, tabaco, bem como diversas drogas ilícitas como maconha, cocaína e outras mais.
REFERENCIAIS TEÓRICOS
A EMEF CECÍLIA MORAES DE VASCONCELOS, PROFA, está situada à Rua Rômulo Naldi, 147 – CONJUNTO PROMORAR, Freguesia do Ó/Brasilândia, Seus moradores estão alojados em construções de alvenaria, em terrenos a maioria invadidos, poucos são proprietários de imóveis. São oriundos de diversas regiões, Estados do Norte, Nordeste e de São Paulo, constituindo famílias numerosas que aos poucos foram se desenvolvendo em pequenos espaços, cômodos minúsculos, estreitos, cujas casas a maioria de estrutura de difícil acesso… Grandes escadarias, umas ao lado das outras, ocasionando em época das chuvas insegurança e riscos de percurso e de locomoção dos moradores.
É esta a clientela que constitui o alunado e que merece toda a nossa atenção.
- SITUAÇÕES DE RISCO E SITUAÇÕES DE PROTEÇÃO NAS REDES SOCIAIS DE ADOLESCENTES.
Segundo M.M.ALMEIDA(2009): a forma como o adolescente se relaciona com as pessoas à sua volta pode constituir um fator de risco ou um fator de proteção:
Fatores de Risco são aquelas situações que aumentam a probabilidade de o adolescente assumir comportamentos de risco, tais como usar drogas.
Fatores de Proteção são aqueles que diminuem a probabilidade de o adolescente assumir tais comportamentos.
Podemos considerar a predominância dos fatores de risco no ambiente familiar, tais como: uso de drogas lícitas e ilícitas, relações conflitais, ausência de referência de autoridade e limites definidos e respeitados, baixas expectativas e baixo investimento familiar em relação ao futuro, e projeto de vida do adolescente muitas vezes não definido.
Esses fatores referem-se à situação familiar econômica, social e cultural da comunidade considerada de nível baixo em que a pobreza e as más condições de higiene colaboram para que as condições de risco permeiem nos lares. Existem dificuldades no desenvolvimento de relações sadias interpessoais, sendo os recursos e estímulos escassos para que as pessoas encontrem a satisfação e o desejo de se conseguir o sucesso de seus ideais.
A preocupação maior de todos é a busca da satisfação de se obter alimento , abrigo e a de sanar enfermidades que surgem, através de proteção e orientação à uma melhor qualidade de vida.
III OBJETIVOS
III. 1 – OBJETIVO GERAL
Promoção da saúde integral dos educandos, com ênfase na prevenção do uso de drogas e outros comportamentos de risco no contexto escolar.
III. 2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Mobilização da rede social interna e externa e fortalecimento dos fatores de proteção no contexto escolar;
- Abordagem de conteúdos articulados aos eixos metodológicos apresentados no Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores de Escolas Públicas ao Projeto de Prevenção, Promoção e Atenção à Saúde;
- Implementação do Projeto da escola e sua integração ao Projeto Político-Pedagógico;
- Estimular a construção do conhecimento através da pesquisa em diversas fontes de comunicação, pela INTERNET, jornais, revistas, artigos e bibliografia de autores de cunho confiável e reconhecido..
IV – METODOLOGIA
O objetivo do projeto reconhece a importância de garantir uma organização curricular integrada entre o ensino e a pesquisa. Através da prática educativa, uma relação entre o ensinar, pesquisar, aprender e avaliar uma realidade do conhecimento e as questões da vida real.
Segundo Veiga, 2004, p.78:
“{…} o projeto não é apenas uma forma metodológica de organizar o processo de trabalho pedagógico, mas também uma proposta, uma vez que seu valor educativo reside essencialmente no caráter aberto, flexível e contextualizado dos atos de ensinar, aprender e pesquisar.”
É possível organizar as disciplinas em torno de idéias básicas ou a partir de problemas que exijam para sua solução proposição de encaminhamento e abordagens interdisciplinares.
São temas para a atenção integral à saúde de adolescentes e jovens:
- Participação juvenil;
- Direitos sexuais e direitos reprodutivos;
- Projeto de vida;
- Cultura da paz;
- Ética e cidadania;
- Drogas e
- Igualdade racial e étnica.
A escola tem um papel importante na promoção da saúde integral da criança e de adolescentes e na prevenção do uso de drogas, graças às suas ações de educação para a saúde. Como a escola faz parte de uma rede mais ampla que participa da prevenção, conta com parcerias para o seu projeto com uma complementariedade de competências interdisciplinares e de intersaberes.
Dentre as ações destacam-se as que incluem as famílias das crianças e adolescentes para resgatar seu potencial educativo, a reinserção dos usuários de drogas que estejam excluídos da convivência familiar e comunitária. Onde impera a cultura da violência, fazem-se necessárias as ações protetivas e de segurança pública. Em casos de maiores dificuldades, quando as crianças ou adolescentes estão em risco, cabe à escola buscar ações articuladas junto à Vara da Infância e ao Conselho Tutelar.
Ressaltamos aqui a formação do professor o processo contínuo de desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e espiritual, privilegiando a experiência em sala de aula. As ações a serem planejadas pelos professores da escola devem ter uma dimensão integrada com outros profissionais e com os vários segmentos da própria escola.
É nos momentos das reuniões pedagógicas, do conselho de escola, do grêmio estudantil e em JEIF que as reflexões se tornam um espaço de movimento permanente de construção, desconstrução e reconstrução.
V RECURSOS:
a)-recursos humanos: Equipe gestora, professores e funcionários da escola, pais e alunos, e pessoal contratado da Prefeitura Municipal de São Paulo. Educadores com Parcerias em outras instituições governamentais da área da saúde, universidades e que têm experiência na área.
b)-recursos físicos: espaços internos e externos da escola, onde os trabalhos serão desenvolvidos.
c)-recursos materiais: equipamentos: TV, Videocassete, DVD, Antena Parabólica, Retroprojetor, Impressora, Aparelho de Som,Projetor Multimídia(datashow), Fax, Câmera fotográfica/filmadora e materiais diversos(cola, papel sulfite, lápis preto, canetas hidrocolor e outros).
d)-recursos financeiros: o gasto financeiro será direto
VI CRONOGRAMA DO PROJETO
Etapa 1: Socialização do Projeto em Reuniões Pedagógicas e em JEIF(Jornada Especial Integrada de Formação) – de 3 a 11/06/2018.
Etapa 2: Avaliação e Reavaliação de Planos de Trabalho do Professor – de 7 a 08/07/2018
Etapa 3: Desenvolvimento: de 11/07 a 30/09/2018
Etapa 4: Avaliação: de 1 a 31/10/2018
VII REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (2000). Brasília: Ministério da Justiça, Secretaria de Estado dos Direitos Humanos, 1982.
BRASIL. Secretaria Nacional Antidrogas. Drogas: Cartilha álcool e jovens. Brasilia: SENAD, 2005.
________Ministério da Educação. Orientações curriculares para o ensino médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006. V. 1.
BRASIL. Simpósio Internacional sobre Drogas: da Coerção à Coesão. Brasília Departamento de Prevenção às Drogas e Saúde do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime(UNODC), 2013.
Decreto no. 6286, de 5 dez.2007, Institui o Programa Saúde na Escola(PSE). E dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasilia. Disponível em: HTTPS://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/decreto/d6286.htm.> Acesso em: 9 jul.2010.
–
SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias críticas de currículo. 2. Ed.Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
VIII ANEXOS
GRÁFICOS DE PESQUISAS REALIZADAS E ATIVIDADES DESENVOLVIDAS COM PROJETOS NO ENSINO FUNDAMENTAL
QUADRO DA MATRÍCULA POR SÉRIE