Tarefa 6 – Curso EDH – Marcia Maria Garcia Jordão
Função
Prof Ensino Fundamental I e II
DRE / Unidade Educacional
Ipiranga
Escola
EMEF Mal Eurico Gaspar Dutra
Márcia Maria Garcia Jordão
RF 770.302.3 / CPF 304.897.288-98
Tema proposto
Relações étnico-raciais: Brincadeiras e Jogos de matriz africana e afro-brasileiros
Justificativa
Diante de uma sociedade que opera racialmente é imprescindível abordar as relações étnico-raciais no contexto escolar, abordando o racismo na perspectiva estrutural do mesmo.
Além, da Lei nº 11.645/08, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.
Assim, as relações étnico-raciais devem perpassar todos os tempos e espaços da escola, de forma transversal. Porém aqui abordada, de forma mais pontual e com foco nos objetos de conhecimentos, brincadeiras e jogos de matriz africana.
A quem o trabalho se destina
Alunas e alunos do 2ºano do Ensino Fundamental
Finalidade
Combater o racismo através da construção de referências positivas para a diversidade, em especial para as relações étnico-raciais, buscando a descolonização das práticas da cultura corporal, especificamente dos jogos e brincadeiras.
Objetivos/Resultados Esperados
Favorecer a identificação e representatividade por parte das crianças negras através dos saberes, conhecimentos e práticas de matriz africana apresentadas e vivenciadas.
Estimular a valorização dos saberes, conhecimentos e práticas da cultura corporal, mais especificamente dos jogos e brincadeiras de matriz africana, pelas alunas e alunos, reverberando para a comunidade escolar, validando assim tais práticas.
Colaborar para uma educação antirracista e não discriminatória no cotidiano escolar através de uma abordagem de problematização das relações étnico-raciais.
Duração total prevista
10 aulas
Atividades que comporão a sequência
Atividade 1 – Roda de conversa e registros iniciais
Objetivos
- Mapear as brincadeiras e jogos africanos e afro-brasileiros já conhecidos pelas alunas e alunos.
- Problematizar as relações étnico-raciais acerca das práticas da cultura corporal, com foco nas brincadeiras e jogos.
Procedimentos metodológicos
- Roda de conversa para mapeamento das brincadeiras e jogos de matriz africana conhecidos e/ou vivenciados pelas crianças. Problematização sobre a presença/ausência das brincadeiras e jogos africanos e afro-brasileiros no contexto familiar, escolar, comunitário.
- Registro coletivo realizado pelos alunos (oralmente) e pela professora (escriba) das brincadeiras e jogos de matriz africana conhecidos e/ou vivenciados anteriormente.
Duração: 1 aula
Atividade 2 – Brincadeiras Cantadas / Brincadeiras de Correr e Lançar
Objetivos
- Vivenciar brincadeiras cantadas e brincadeiras de correr e lançar de matriz africana.
- Fomentar o acesso, a percepção e a reflexão sobre as culturas africanas, os conhecimentos, saberes, línguas presentes nas brincadeiras vivenciadas.
- Incentivar a percepção das relações das brincadeiras vivenciadas com práticas já conhecidas anteriormente, bem como suas influências e importância na formação da cultura brasileira.
Procedimentos metodológicos
- Apresentação de vídeos das canções africanas presentes nas brincadeiras cantadas.
- Roda de conversa para contextualização sobre origem/língua de cada brincadeira proposta.
- Vivência em roda das brincadeiras cantadas:
Si Mama Kaa (Tanzânia)
Obwisana (Gana)
L’abe igi orombo (Nigéria)
- Vivência em duplas da brincadeira cantada:
Amawole (Congo)
- Vivência coletiva das brincadeiras/jogos de correr e lançar:
Kudoda (Zimbábue)
Gutera Uriziga (Ruanda)
Mbube Mbube (Gana)
Mamba (África do Sul)
Iitoti (Moçambique)
- Roda de conversa sobre possíveis relações com brincadeiras de matriz africana e brincadeiras já conhecidas pelas alunas e alunos, bem como reflexões sobre as percepções das crianças sobre a vivência.
- Registro através de fotos e vídeos.
- Registro através de desenho de uma das brincadeiras vivenciadas, podendo cada aluna/aluno escolher livremente a brincadeira a ser representada.
- Registro através de apontamentos das brincadeiras e jogos nos seus respectivos locais de origem, em mapa político do Continente Africano.
Duração: 8 aulas
Atividade 3 – Mostra cultural aberta a comunidade escolar
Objetivos
Reverberar para toda comunidade escolar a validação e valorização das culturas, saberes, conhecimentos, práticas acerca das brincadeiras e jogos de matriz africana
Fortalecer vínculo entre escola e famílias, buscando base para construção de relações mais colaborativas, numa perspectiva da cultura de paz.
Favorecer através dessa participação das famílias, aprendizagens mais significativas e equânimes.
Procedimentos metodológicos
Exposição de mapa do continente africano com apontamentos feitos das brincadeiras e seus respectivos locais de origem
Exposição de fotos e apresentação de vídeo das crianças vivenciando as diferentes brincadeiras e jogos de matriz africana
Exposição dos desenhos realizados pelos alunos e alunas das brincadeiras de matriz africana vivenciadas.
Vivência coletiva, com comunidade escolar presente, das brincadeiras cantadas, Si Mama Kaa e Amawole.
Duração
1 encontro
Avaliação
Ocorrerá por meio da observação do nível de participação e envolvimento nas atividades propostas e através dos registros realizados durante toda a sequência de atividades, já especificados acima.