Tarefa 6 – Curso EDH – Luciana Patricia Albuquerque de Paula
Função
SUPERVISOR ESCOLAR
DRE / Unidade Educacional
Ipiranga
Escola
DRE IPIRANGA
CURSO: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS – DESAFIOS DO CONTEXTO ATUAL
ÁREA PROMOTORA: COCEU E INSTITUTO VLADIMIR HERZOG
Regentes: Ana Lúcia Catão, Celinha Nascimento, Crislei Custódio, Rogê Carnaval, Maria da Paz Castro.
Discente: Luciana Patricia Albuquerque de Paula – R.F. 772.503.5/1 – Cargo: Supervisão Escolar/SME/PMSP
Atividade: Avaliação Individual/Tarefa EDH
Tema: Produção social do sofrimento – Quais as implicações da medicalização dos educandos na relação intersetorial entre educação e saúde e para a prática educativa?
Justificativa: Observa-se no conjunto de ações de uma parcela das unidades educacionais uma atuação que procura analisar dificuldades no processo de ensino e aprendizagem do ponto de vista orgânico dos(as) estudantes, implicando em perceber dificuldades como problemas a serem tratados individualmente e clinicamente, acompanhado e medicado por especialistas médicos que produzirão atestados de doenças, deficiências e/ou transtornos que eventualmente subsidiem a atuação pedagógica no espaço escolar. Tal constatação nutre a necessidade de reflexão acerca do papel da escola no processo de desenvolvimento e aprendizagem de cada educando e educanda, bem como a importância da relação saúde e educação na prática pedagógica promovida nos espaços escolares.
Público Alvo: Equipes Gestoras das Unidades Educacionais de Ensino Fundamental.
Objetivo Geral/Finalidade: Intervir junto à comunidade escolar na perspectiva de possibilitar reflexões acerca das dificuldades apresentadas pelos educandos e educandas, potências na atuação didática cotidiana e de que forma a saúde pode vir a suplementar o trabalho educacional, bem como qual a compreensão sobre a finalidade de tal suplementação.
Resultados Esperados: A partir de discussões sobre dificuldades de aprendizagem, função social da escola, processo de ensino e aprendizagem e intersetorialidade para fortalecimento da rede de proteção, espera-se que a comunidade educativa identifique os diferentes fins no trabalho da educação e no trabalho da saúde, avalie sua atuação na promoção do processo de desenvolvimento e aprendizagem dos(as) estudantes, articule o trabalho junto à rede de proteção e reconheça sua esfera de atuação como central no processo de ensino e aprendizagem, devendo outras instâncias e equipamentos sociais e de saúde apoiá-la na garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
Duração: Cinco encontros quinzenais entre equipes gestoras das Unidades Educacionais e Supervisão Escolar.
Desenvolvimento:
1ª Etapa – Levantamento junto a equipe gestora das dificuldades, apontadas pela equipe docente, acerca do processo de desenvolvimento e aprendizagem dos(as) estudantes. A primeira etapa visa discutir a função social da escola, dificuldades na implementação de sua função social e dentre as temáticas abordadas destacar as dificuldades individuais dos(as) estudantes;
2ª Etapa – Levantamento individual dos(as) estudantes com dificuldades e apresentação da avaliação dos(as) estudantes com indicativos sobre os principais problemas encontrados, suas potencialidades, avanços alcançados e possibilidades de encaminhamento. A segunda etapa focará na discussão dos(as) estudantes em que constem encaminhamentos clínicos como forma de solução para as dificuldades no processo de desenvolvimento e aprendizagem encontradas.
3ª Etapa – Apresentação e discussão do documentário “Take Your Pills”, filme de 2018, dirigido por Alison Klayman. O documentário aborda o processo de medicalização da sociedade e suas implicações para a economia, sociedade e cultura, possibilitando para essa fase da discussão reflexões sobre o que é o processo de medicalização e seus impactos no espaço escolar.
4ª Etapa – Na continuidade da análise sobre trabalho escolar, ação da saúde e a articulação intersetorial para promoção do processo de desenvolvimento e aprendizagem, traremos para exploração o texto “O que não tem remédio, remediado está?” de Renata Guarido e Rinaldo Voltolini. O estudo do texto proporcionará discussões acerca da centralidade ou marginalidade da intervenção pedagógica no espaço escolar quando sua garantia só é efetivada a partir da intervenção da saúde e o quanto os encaminhamentos realizados pelas U.E.s corresponsabilizam ou desresponsabilizam a escola e o sistema de ensino pelo fracasso escolar.
5ª Etapa – Revisão dos encaminhamentos propostos aos estudantes com dificuldades de aprendizagem visando repensar o tipo de dificuldade, o fomento das potencialidades, a percepção dos avanços e as indicações de encaminhamentos que corresponsabilizem todos os atores da rede de proteção das crianças e adolescentes.
Avaliação: A avaliação a ser implementada é a avaliação formativa, pois realizaremos processos de regulação das aprendizagens ao longo do desenvolvimento da sequência didática, analisando o alcance dos objetivos e resultados esperados ao término das etapas. A produção do quadro de revisão da avaliação dos(as) estudantes e os encaminhamentos finais elencados pela equipe gestora, fornecerão informações acerca da compreensão das discussões implementadas e o que ainda precisará ser aprofundado por meio de feedbacks ou devolutivas junto às equipes.